"HÁ ESCOLAS QUE SÃO GAIOLAS E HÁ ESCOLAS QUE SÃO ASAS.” (Rubem Alves)

sexta-feira, 3 de abril de 2009

PARABÉNS ISERJ


A ED.INFANTIL ESTAVA PRESENTE E PARTICIPOU DA HOMENAGEM AOS 129 ANOS DO ISERJ






FOI EMOCIONANTE!!!!

NOSSA ESCOLA TEM UMA HISTÓRIA LINDA E MARCANTE QUE VALE A PENA SER COMEMORADA.


CONHEÇA UM POUCO DA HISTÓRIA DA ED. INFANTIL NO ISERJ.

A EDUCAÇÃO INFANTIL DO INSTITUTO DE EDUCAÇÃO ONTEM E HOJE...

Em 1934 chega no IERJ Heloisa Marinho, este é o espaço que se constrói como educadora. Já vinha funcionando há dois anos quando ela chegou, para exercer o cargo de Assistente de Psicologia da Educação da Escola de Professores.
Heloisa Marinho integrou-se, ao ingressar no Instituto de Educação do Rio de Janeiro IERJ, não só na instituição mais importante de formação de professores da República, mas a um grupo de educadores que representava a vanguarda da educação brasileira.
A abrangência da atuação Heloisa Marinho é impressionante. Ela aplicou toda a sua formação na atividade pedagógica no Rio de Janeiro. Atuou em várias áreas da educação e as mais diferenciadas. Abrangeu a escola pública, a escola particular, os diferentes grupos sociais, desde os grupos da favela até os grupos da alta classe média.
Pode-se afirmar que Heloisa Marinho, através das suas atividades profissionais, desenvolveu um determinado pensamento sobre pedagogia infantil, mais especificamente sobre o que se optou por denominar neste estudo de Jardim de Infância, assumindo assim a influência froebeliana no seu pensamento.

ALGUMAS IDÉIAS DE HELOISA MARINHO:

*A renovação de métodos nasce do interesse da professora em melhorar seu trabalho.

* Não é possível traçar normas rígidas de um programa pré-escolar. O desenvolvimento é criador. A criança conquista seu mundo pela experiência própria. Resume-se a função educativa da educação infantil em proporcionar ambiente favorável à vida.

* A educação da professora do Jardim de Infância não termina nunca.
*Quanto mais cordiais forem às relações entre a escola e o lar, melhor será para as crianças.

*A experiência produz conhecimento.

* Na educação pré-primária, a experiência direta com o mundo das coisas constitui a principal fonte de aprendizagem.

*No Jardim de Infância a educação da linguagem como do pensamento nasce de situações de vida.
* A educação da linguagem e do pensamento não constitui matéria a ser ensinada, surge das vivências naturais.

“O conhecimento da atividade criadora e da evolução natural da criança modificou o trabalho da professora de Jardim de Infância. A técnica rígida dos exercícios sensoriais pertence ao passado. Qual a missão da educadora? Não basta organizar materiais, conhecer arte, música, a natureza, a psicologia infantil. A educadora precisa amar a criança e saber educá-la para a vida pela própria vida”.
Profª- Heloisa Marinho

(Vida e Educação no Jardim de Infância, p.220 – 1967).

A escola de Educação Infantil tinha um funcionamento bem diferente do atual.
O funcionamento da Educação Infantil nos anos 65 / 66, atendia a duas faixas etária de 2°- e 3°- períodos de Jardim de Infância, em dois turnos, com uma média de 24 turmas de 25 alunos num total em torno de 548 alunos.
Professoras e funcionários: 50 professoras em diferentes funções, 7 inspetoras de alunos, 4 serventes, 1 contínuo, 1 merendeira, 1 dentista. Excluindo as professoras de turma os demais exerciam diversas funções.
Professoras: Diretora; Subdiretora; Encarregada da secretaria: responsável na ausência da diretora e subdiretora; Assistente técnica: responsável pelo 2°-turno; Auxiliar de Orientação de Educação, Audiovisual e Relações Públicas; Biblioteca e Discoteca; Auxiliar de Biblioteca e Substituta eventual das professoras; Caixa Escolar e Merenda Escolar; Cooperativa; Auxiliar da Caixa Escolar e da Merenda Escolar; Auxiliar de Orientação de Educação, Relações Públicas e Centro de Civismo; Duas de Música.
Regime didático: Atividades espontâneas (desenho, pintura a pincel e a dedo, Modelagem, Recorte e colagem, Construção, jogo de armar, trabalhos em madeira, cartolina e aproveitamento de material caseiro, Dobraduras, Cantinho da boneca), Atividades ao ar livre, Recreação e Jogos, Música e atividades rítmicas, Educação do pensamento e da linguagem (conversas, histórias, dramatização etc.), Conhecimento da natureza, Educação perceptiva e lógica, Educação social (experiências em relação ao lar, à comunidade, à pátria e festas escolares), Excursões, Práticas higiênicas, Merenda, Repouso e Religião.
Fazia parte da rotina de trabalho: exposições, apresentações com músicas, seleção e remessa de trabalho das crianças para exposições em outro estado, palestras, exposição de trabalhos para congressistas, receber visitas de alunos e professores de várias escolas.
Todas as crianças eram submetidas ao exame de saúde, sendo atendidas também os professores e funcionários no Gabinete Médico, as crianças, eram atendidas também no Gabinete Dentário.
As reuniões com os pais aconteciam mensalmente. A promoção dos alunos era feita continuamente para o Curso Primário.
Todas as crianças eram amparadas pela Caixa Escolar recebiam: merenda, uniforme, calçado, material escolar, medicamentos e todo o auxílio necessário.
Era realizado diariamente nos dois turnos, empréstimo de livros para todas as crianças. O acervo era de 1672 livros para as crianças, 881 para as professoras e 588 em estoque (doados pela Campanha do Livro, pela direção do Instituto de Educação e pelas Editoras).
Funcionava também: O Jornalzinho, a Filmoteca, Boletim Mensal para informações de interesse geral e o Serviço de Mimeografia.
No ano de 1965 o produto da festa Junina foi empregado em conserto e pintura do prédio, construção e conservação das casas de bonecas, compra de utensílios, conserto do Gabinete Dentário, pintura e reparos do mobiliário das salas, na compra de material coletivo e de difícil aquisição e indispensável ao desenvolvimento das atividades e em outras despesas em benefício das crianças, tudo rigorosamente escriturado e comprovado.
Por este resumo, é possível julgar como o trabalho era desenvolvido na Educação Infantil nesta época.
Em 11 de setembro de 1997, o IERJ - Instituto de Educação do Estado Rio de Janeiro fica diretamente subordinado a Fundação de Apoio a Escola Técnica órgão integrante da - SECTI - Secretaria de Ciência Tecnologia e Inovação, passando por uma transformação (encerrando o Curso Normal em nível médio implantando o Normal superior) e recebendo em 03 de junho de 1998 uma nova nomenclatura, Instituto Superior de Educação do Estado do Rio de Janeiro, conseqüentemente iniciando uma nova etapa na Educação Infantil do Instituto de Educação.

OS ANOS FORAM PASSANDO... E.
COM MUITOS QUESTIONAMENTOS, MUITAS DÚVIDAS, MUITAS DISCUSSÕES,
ERROS E ACERTOS... AVALIAÇÕES, TRANSFORMAÇÕES E ALGUMAS CONCLUSÕES, E FOI ASSIM QUE CONSTRUIMOS A NOSSA
PROPOSTA PEDAGÓGICA

Buscamos através das vivências, do fazer artístico e das diferentes linguagens criarmos um ambiente de aprendizagem estimulante que esteja sempre presente à cooperação, à curiosidade e à criatividade.
Baseamo-nos em que, quando se proporciona à criança vivenciar as diferenças em sala de aula, conceitos como autonomia, liberdade, respeito, solidariedade e cooperação, as relações serão melhores elaboradas para a construção no dia-a-dia.
Procuramos organizar o planejamento de forma que existam momentos de trabalho coletivo, que envolvam a participação de todos, e trabalhos de livre escolha, quando cada criança opta por um tipo de trabalho. Na diversidade das propostas apresentadas, a professora se organiza para atender individualmente os alunos, apresentando desafios de acordo com seu interesse e potencial.
(RETIRADO DA PROPOSTA PEDAGÓGICA ELABORADA PELA EQUIPE DA ED. INFANTIL)


"Se a educação sozinha não transforma a sociedade, sem ela, tampouco, a sociedade muda." (Paulo Freire)

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